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LUZ, CÂMERA, OSSOS! ELVIS: SEXY, CONFUSO E BRILHANTE

blogfossilretro

Atualizado: 27 de jul. de 2022


Estava ansioso por estrear essa categoria do blog, pois sou apaixonado por cinema e por escrever críticas. Lembrando que não sou nenhum especialista, mas um mero esqueletinho dando minhas impressões sobre essas obras de arte (ou desastres). Bora pro primeiro filme da categoria!


Sexy, confuso e brilhante são qualidades que podemos encontrar em Elvis, o novo filme que, sem qualquer dúvida, foi dirigido por Baz Luhrmann.

Aquela câmera frenética do início ao fim, trilha sonora que se mistura a outros ruídos tornando-se uma salada visual e auditiva regada a muitas cores e alucinações? Claro que é Baz Luhrmann dando vida à sua versão de Elvis. O diretor de Moulin Rouge vive grandiosamente nessa cinebiografia opulenta e apaixonante de um dos maiores ídolos da música.

Não, não sou um expert da vida de Elvis. Não tenho conhecimento o suficiente pra dizer se o filme é fiel ou não à sua vida, mas aqui estou avaliando o filme pelo que ele é: um filme. Com toda sua licença poética, Elvis traz a história contada pelo coronel Tom Parker abordando desde a infância até o fim da carreira e, mesmo com 159 minutos de tela não parece tão suficiente. Por mais que seja longo, o filme passa muito rápido e até parece deixar lacunas que desejávamos ver melhor preenchidas.

Cumprindo o paradoxo, apesar de deixar a sensação de não responder tudo, cada cena tem MUITA informação. O começo até parece um pouco confuso com tantas coisas acontecendo. Apesar de ser claramente parte do estilo de Baz, não é algo que agrada a compreensão, mas ao longo o filme diminui o ritmo frenético para focar nas situações agridoces do drama musical.

Não dá pra deixar de falar das referências icônicas das origens do rock como Sister Rosetta, Little Richard e B. B. King que aparecem na trama e comprovam o poder dos negros no nascimento do gênero. As cenas "gospeis" não teriam adjetivo melhor do que divinas e mostram a importância dessa influência na carreira de Elvis.

Com relação à técnica, parte do ar de confusão se dá a mistura de excelentes elementos como figurinos belíssimos, imagens insanas vistas de cima, lado, frente e tudo junto ao mesmo tempo, unidos a uma trilha sonora clássica de Elvis mixada aos vocais de Butler (já falaremos desse chuchuzinho), que infelizmente em alguns momentos consegue ser estragada por uma tentativa de modernizar com raps desenfreados sem sentido algum. Elvis hipster? O cantor tem repertório suficiente pra ter uma música por cena, não dá pra entender.

Agora vamos às estrelas.. Austin Butler e Tom Hanks ARREBENTAM! Butler é simplesmente incrível, cheio de energia e incorporando todas as facetas que se espera, desde a crescente de carreira juvenil e calorosa até uma decadência deprimente. Realmente, uma indicação ao Oscar seria com merecimento. Tom Hanks não fica pra trás, logo ele que ama um papel de drama de bonzinho, aqui gera a vontade de esganar seu personagem. A versatilidade de Hanks nunca foi tão bem comprovada. Atuações perfeitas! O restante do elenco também é ótimo, mas o desejo de ver sempre o Elvis em tela é iminente.

Elvis me tocou de forma muito especial, principalmente pelo final. O artista que influenciou e influencia tantos artistas hoje passou por uma escravidão contratual absurda e, mesmo assim, enquanto esteve em palco tentava emocionar quem estivesse disposto a ouvir, e isso é brilhantemente interpretado por Butler. Um musical belíssimo, mas bagunçado, resume um pouco da trajetória dessa lenda do rock que espero influenciar mais público para manter seu legado. Excelente!


Curtiu essa crítica? Fique ligado para as próximas, e também acesse meu perfil no Filmow para conferir muito mais críticas de filmes e séries: https://filmow.com/usuario/eduardoagalvao


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