Mortal Kombat 11 surfa na onda do "multiverso" para retomar personagens clássicos em suas versões mais amadas.. e acerta!
Mortal Kombat é a franquia de jogos que mais esteve presente na minha "vida gamer". Conheci o jogo no mega drive do meu irmão (saudoso), e depois em outras plataformas até chegar no PS2 e no PS4. Não, não joguei todos os jogos de MK, mas já joguei até versões alteradas por fãs no PC. MK influenciou em muito os jogos de luta, assim como foi o ápice da criação de derivados. Seu aspecto violento sanguinário sempre foi referência, assim como uma história fantasiosa e épica.
Em MK11, temos tudo que caracteriza um bom jogo do MK, e algumas melhorias muito bem vindas desde o mediano Mortal Kombat X. A primeira mudança que me marcou foi o tutorial, feito com muito mais esmero, aqui com vídeos de exemplificação dos golpes e demonstração em um modelo de controle em tela para conseguir saber a velocidade dos botões, ajuda muito a ter uma visão mais ampla e explorar melhor os personagens.
MK sempre foi um jogo de exageros, mas o MK X era extremamente exagerado. O efeito Raio-X mostrava você, literalmente, quebrando a coluna do personagem e ele ficando de pé como se nada tivesse acontecido. Aqui isso foi comedido, trocando o efeito por um especial permitido 1 única vez na luta, chamado Fatal Blow, e claro, muito mais personalizado. Cada personagem em sua devida variação possui um Fatal Blow específico para interação.
E sim, cada personagem também possui variações que podem diferenciar os golpes especiais além da estética. Além disso, o game é bem customizável, permitindo trocar acessórios, roupas e muito mais de cada jogador em um menu próprio para customizações.
Campanha, pra mim, é um tema polêmico em MK. Nunca gostei da ideia de ter uma história onde mais assistimos do que jogamos com lutas intercaladas. Não consegui nem jogar a campanha do MK10, chatíssima. Porém aqui é diferente. A história é bacana e parece tentar corrigir alguns erros com personagens mais adorados pelo público, como Liu Kang. A nova vilã principal, Kronika, foi feita pra encaixar no gosto do público jovem por multiverso, sendo a causadora dos diversos conflitos no jogo que relacionam realidades paralelas. Assim, é possível que dois Johnny Cage's se enfrentem, por exemplo, um do passado e outro do presente, e temos até mesmo personagens do futuro!
Dos personagens super clássicos temos Liu Kang, Raiden, Kitana, Scorpion, SubZero, Kung Lao, Jade, Milenna, Kano, Sonya Blade, Jax, Johnny Cage, Baraka, e ótimas surpresas como Nightwolf, Noob Saibot, Shang Tsung, Kabal (um dos meus mais temidos na infância), Sheeva, Rain e Syndel, assim como o todo poderoso Shao Kahn (aqui nem tão poderoso assim, infelizmente). Não sou um grande admirador dos personagens mais recentes, mas dos personagens diferentões podemos contar com o exterminador do futuro, Robocop, Spawn e o Coringa! Todos trabalhados com muito capricho.
Aliás, capricho é algo bem presente nesse jogo. Os gráficos são incríveis, e as lutas são bem desenhadas. Apesar da pouca distância entre esse e o jogo anterior, pra mim foi como se desse um grande salto. MK11 está muito a frente em usabilidade, mecânicas e visual atraente. Tão dedicados estavam, que não só trouxeram os amados clássicos, mas também mecânicas clássicas! Além dos Fatalities, temos os Brutalities e os Friendships!
No final, a história da campanha de MK11 ainda é bem exagerada (e por vezes, forçada), mas é suficiente pra render vários elogios ao game. É um jogo extremamente divertido, e que traz diversos elementos que fazem lembrar o porquê de ser uma franquia memorável. Algumas telas de luta foram feitas somente para causar a nostalgia, e funciona! A mina de ouro de MK está nos personagens consagrados que já conhecemos unidos à maneiras inteligentes de ser, é claro, o mais sanguinário possível. Flawless Victory!
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